quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Arabela, que era bela


E os céus se abriram, revelando um dia intenso e claro de verão. Sob a frondosa macieira do jardim, uma rapaz esbelto expiava o céu, com olhos semicerrados, admirando a beleza do verão. A sombra dos galhos dançavam ao sabor do vendo sobre o corpo do jovem revelando ângulos e curvas de um rosto sonhador e ousado.

Levantou o queixo orgulhoso, deixando a brisa suave bagunçar seu cabelo, pois sabia que era belo. Toda a calma e segurança foram embora quando ouviu o som de sua gargalhada.


Todas as tardes, por longos dois anos, havia observado Arabela. Mas não havia coragem de chegar junto a ela. Seus longos cabelos castanhos dançavam selvagens enquanto a garota corria, acompanhada de seu fiel escudeiro, o vira-latas tofu.

Corriam, brincavam, pulavam, aproveitando a liberdade restrita. Arabela era diferente das outras. Era bela, mas nada de extraordinário havia nela. A não ser a sensação de que aproveitava os dias como se fossem únicos. Pedro passara a observar, mas o que há nela que prende meu olhar?

Rapaz arrogante, todos diziam. Sem modos, era o que ouvia. Estragado pelos mimos do avô, sempre repetiam. Pedro era tudo aquilo e mais. Ousado, abusado, arrogante, mimado, inteligente e cheio de desdém pela gente. Passava os dias sozinhos, gostava de estar só, de andar a pensar e chutar o pó.

Até que avistou Arabela, com sua gargalhada bela, a brincar como uma criança nos jardim de flores amarelas. A observava de uma pequena colina, próxima as terras da família da menina. Não entendia o que a fazia rir. Brincar sozinha no máximo era sinal de não ia bem do juízo.

Os dias passaram e ele não conseguia chegar em Arabela. Mas que magia era aquela que a menina exercia sobre si? Ele tão cheio de palavras, se sentia vazio como uma caixa lacrada com nada. Seus dias eram passados na solidão de seu quarto, a sonhar com a bela gargalhada dela.

Até que um dia, Arabela não apareceu. As flores amarelas não nasceram mais e Tofu vagava sozinho com suas pequenas orelhas baixas e focinho encostado no chão. Arabela se foi,mas pra onde foi? Pedro nunca soube. Agora com suas mãos tremulas, enxugava lágrimas de um passado nunca revelado. Cheio de amor, paixão e beleza trazido por ela, que era bela, mas não sabia!

OBS: O texto foi escrito por mim e é proibido seu uso ou cópia integral, ou de fragmentos, sem a autorização da autora. O mesmo vale para todo e qualquer conteúdo deste blog que seja de minha autoria. Sua cópia ou uso sem autorização é qualificado como plágio, sendo configurado como crime previsto no Código Penal. O infrator está sujeito as punições previstas no Art. 184 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40

Kamila Mendes

2 comentários:

Ives disse...

Linda poesia em sintonia com a natureza! Já estou por aqui Srta, abraços

Evanir disse...

O ANO ESTÁ CHEGANDO AO SEU FINAL.
CADA MÊS DE 2012 VIVIDOS FORAM MARAVILHOSOS
TREMENDAMENTE ABENÇOADOS POR DEUS.
TEVE TANTOS DIAS DIFERENTES UM DO OUTRO
CADA TROPEÇO UM APRENDIZADO.
OS MESMOS ERROS NÃO SE REPETIRAM NO ANO NOVO.
AS MESMAS ALEGRIAS TAMBÉM NÃO VOLTARAM
A SE REPETIR .
POIS ALMEJAMOS A CADA DIA SERMOS MELHORES E MAIS FELIZEZ.
TÁ CHEGANDO A HORA , JÁ É CONTAGEM REGRESSIVA
A SEPARAÇÃO DE 2012 PARA 2013 É ENEVITAVEL O TEMPO NÃO PARA.
DESEJO UM ANO NOVO DE DURADOURA FELICIDADE.
OBRIGADA PELO CARINHO .
OBRIGADA POR CADA VISITA ESPERO PARA TODOS NÓS.
UM ANO NOVO DE SAÚDE PROSPERIDADE E ACIMA DE TUDO
FÉ, POIS É NOSSA FÉ QUE FAZ MOVER O MUDO DENTRO DE
CADA UM DE NÓS.
FELIZ 2013.
BEIJOS NO CORAÇÃO CARINHOS NA SUA ALMA.
CONTO CONTIGO ,,EVANIR