quinta-feira, 19 de abril de 2012

Gosto não se discute

Comecei meu dia ouvindo One Direction, sim, sou fã dos caras. Sim, eu curto pop. E sim, gosto de boy bands, mesmo sabendo que são bandas fabricadas com meninos de rostinhos bonitos com o único objetivo de vender música e revistas. Sim, eu gosto. E, caso você não saiba, toda banda depois que passa para uma grande gravadora lança somente as músicas aprovadas por seus empresários e que estejam de acordo com o interesse da empresa. Sim, todas as bandas acabam se prostituindo, se é que este termo pode ser usado para definir essa atitude.

Pois bem, estava eu cá com meus botões pensando sobre o que escrever quando comentei de duas músicas do 1D com uma amiga. E observei um fato interessante. As duas músicas em questão (Moments e Taken) são diferentes de outras músicas do mesmo gênero. Não que sejam a inovação musical, ou que vão revolucionar o mundo da música. Não, não acho isso e tão pouco concordo em comparar os meninos com os Beatles.

Beatlemania de volta?


O que há em comum entre as bandas é única e exclusivamente o fato de serem composta por cinco rapazes e por serem britânicos. Só e ponto. Liam Payne, Zayn Malik, Niall Horan, Harry Styles e Louis Tomlinsom, causam frenesi por onde passam? Sim, causam. Mas isso é tão comum ao tipo de banda e gênero musical a que pertencem que não chega a ser surpresa nenhuma. Boy band é sinônimo de histeria coletiva. Mas compara a beatlemania é loucura, ou jogo de marketing.



Primeiro que os Beatles revolucionaram o cenário musical de sua época e até hoje permanecem sendo uma banda sem comparativo no mundo musical. Suas letras, postura revolucionaram o cenário musical de 1960 e abriram as portas para que o Rock se firmasse com letras mais consistentes. 

Se hoje existem boys bands agradeçam aos rapazes de Liverpool, Ringo Star John Lennon, Paul McCartney e George Harrison, que deram início ao estereótipo de garotos bonitos, com vozes harmônicas, seguidos por um séquito de meninas histéricas, desmaiando e acampando em filas descomunais. A diferença está também nas músicas: todas de composição própria: Paul McCartney e John Lennon que compunham a maioria das letras.


One Direction faz a cabeça da garotada, mas está longe dos Beatles como o leste está longe do oeste. São bandas de garotos diferentes que se assemelham no fato de terem sido formadas na Inglaterra. E, vale lembrar que os garotos de Liverpool são conhecidos mundialmente como ícones da música.



One Direction

Uma vez esclarecido meu ponto de vista a cerca dessa comparação, vamos ao principal: as músicas Taken e Moments. Normalmente as músicas românticas desse tipo de banda falam de corações partidos, dores de cotovelo e etc. se comparar as letras parece apenas que mudaram algumas palavras, colocaram uma bateria mais marcante nesta e uma guitarra mais forte naquela. 

Moments é diferente, ao meu ver. Ela não fala de estar sempre com a pessoa. Ou ‘se eu pudesse ter você’. A música versa sobre a possibilidade da perda permanente: da morte. 

Você já imaginou o que diria se soubesse que seu namorado (a) pensa em cometer suicídio? E se de fato ele (a) o fizesse, será que teria partido sabendo de seu amor? E se você fosse visitar seu amor e encontrasse sem vida na cama, o que você teria dito pra evitar isso? Exatamente disso que a música fala:


Feche a porta, desligue a luz.
Eu quero estar com você.
Eu quero sentir o seu amor.
Eu quero estar do seu lado.
Eu não posso esconder isso mesmo que eu tente.

Coração bate mais forte,
O tempo foge de mim.
Mãos trêmulas tocam a pele,
Isto deixa isso dificil.
E as lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Se nós apenas pudéssemos ter essa vida por mais um dia.
Se nós apenas pudéssemos voltar no tempo.

Ouça a música completa aqui com letra e tradução.

Taken me lembra muito os momentos que vivi e que amigas minhas vivem! Não estou falando que somos a famigerada moça que brinca com os meninos, mas que cada garota nesse mundo já teve o coração feito em pedaços por um rapaz que no fundo só queria alguém para ficar correndo atrás dele. Um alguém que não suportou nos ver seguindo em frente. É natural ao ser humano não suportar que outros sigam enquanto ele permanece quebrado no mesmo lugar. Triste constatação.


Novo Backstreet Boys?

É inevitável para a geração que viveu a loucura musical da década de 90 não comparar One Direction com Backstreet Boys e seu rival N’sync. A razão é uma só: as vozes são parecidas e, como toda boy band aposta no time que está ganhando, o ritmo pop permanece inalterado.

Mas para as fãs de BSB’s fica clara a diferença a partida da primeira música. Assim como os meninos do One Direction, os Backs, apelido carinhoso dado pelas fãs, foram reunidos por um empresário, mas dessa vez na Flórida. A Boy Band americada surgiu em 1993 e arrastou multidões por onde passou, inclusive no Brasil. (me arrependo amargamente de não ter assistido).

Ao ouvir What Makes you Beautiful, lembrei imediatamente das canções do álbum Millenium, de 1999. Com este álbum os garotos do Backstreet Boys se firmaram imediatamente no cenário musical internacional. O sucesso que hoje o One Direction obtem em parte se deve ao legado deixado pelo BSB. A geração de 90 tinha uma gama de opção quando o tema era boy band. Na listagem da época temos 5ive (lê-se Five) 98°, WestLife, e, a mais conhecida, N’sync, que apresentou um insoso, porém talentoso, Justim Timberlake, todas inspiradas no surgimento dos Backs.

A banda adolescente passou por altos e baixos quando um dos integrantes, o rebelde A.J. McLean, revelou seu vicio em drogas e passou pela reabilitação. Foi a vez então de Nick Carter, o caçula do grupo se envolver em escândalos policiais. O golpe que realmente atingiu o estômago dos Backstreet Boys foi a saída de Kevin Richardson da banda, em 2006. Kevin hoje tem uma carreira sólida na Brodway. Brian Littrell também passou por grandes apuros devido ao seu problema cardíaco, mas isso é assunto para uma postagem exclusiva sobre a banda.

Hoje, quase 20 ano após sua criação, os membros continuam levando a carreira. Há quem diga que a banda acabou. Esses estão enganados, os meninos, hoje homens, pais de família, continuam com o grupo. Com o sucesso obtido em seu apogeu, os Backstreet Boys obtiveram independência financeira e experiência para abrir sua própria gravadora e levar adiante sua carreira. Já não há mais a histeria que rodeia o One Direction. 


A banda conta com 10 albuns lançados, incluindo um em parceria com a Boy Band, New Kids on The Block, banda anterior aos BSB’s, mas que durou pouco e retornou sua carreira agora. para que não sabe Robbie Williams, cantor que apoiou o One Direction na final do X-Factor é o membro considerado rebelde do New Kids on The Block. Apenas as fãs verdadeiras continuam acompanhando sua carreira e isso basta para os meninos.

Que a experiência dos BSB’s sirva de grande exemplo e inspiração para One Direction, porque nós, directioners, esperamos vê-los depois de 20 anos ainda seguindo com o grupo e ainda fazendo música de qualidade!

Um pouco mais de Beatles

The Beatles foi uma banda de rock britânica, formada em Liverpool em 1960 e o grupo musical mais comercialmente bem-sucedido e aclamado da história da música popular.[1] A partir de 1962, o grupo era formado por John Lennon (guitarra rítmica e vocal), Paul McCartney (baixo e vocal), George Harrison (guitarra solo e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal). Enraizada do skiffle e do rock and roll da década de 1950, a banda veio mais tarde a assumir diversos gêneros que vão do folk rock ao rock psicodélico, muitas vezes incorporando elementos da música clássica e outros, em formas inovadoras e criativas. Sua crescente popularidade, que a imprensa britânica chamava de "Beatlemania", fez com que eles crescessem em sofisticação. Os Beatles vieram a ser percebidos como a encarnação de ideais progressistas e sua influência se estendeu até as revoluções sociais e culturais da década de 1960.

(informação retirada do site Wikipedia)








1 comentários:

Tsu disse...

Oi Kamila!

Ah vc foi em evento de anime, que legal! Tinha muitos cosplays por lá? Foi em que Estado? Olha de fato..eu também passo por uma avalanche de idéias, especialmente para histórias. Porém, não tem como colocar todas no papel senão seriam pilhas e pilhas de projetos inacabados. O que eu faço é tentar ir selecionando e ver o que dá pra aproveitar no projeto que estou tentando me dedicar no momento. Mas te confesso que não é fácil =p.
Bom eu já sou um pouco mais seletiva em gêneros. Admiro por demais Toli]kien e Lewis, mas gosto demais de Anne Rice (aquilo sim é vampiro!). Sthephen King tem livros bons e livros ruins e acho que o Dan Brown é bom quando bota o Robert Langdon nas aventuras XD.
E claro, tem os clássicos né? Poe, Wilde, Victor Hugo e etc.
bjs